terça-feira, 5 de abril de 2011

Nietzsche (Friedrich Wilhelm Nietzsche)

Nascido no dia 15 de Outubro de 1844 na pequena cidade de Röcken, na Prússia, Friedrich Wilhelm Nietzsche era o primogênito de Karl Ludwing e Franziska Oehler, descendentes de família protestante, sendo seu pai um pastor luterano. O casal ainda teve mais dois filhos: Elizabeth e Joseph. 

"O espírito livre revolta-se contra toda crença. Para tanto, passa por um longo processo de libertação. É preciso disciplina para desfazer-se de hábitos, abandonar comodidades, renunciar à segurança.
"torna-se possível... traçar um dupla história dos valores "Bem" e "mal". O fraco concebe primeiro a idéia de "mau", com que designa os nobres, os corajosos, os mais fortes do que ele - e então a partir da idéia de "mau", chega, como antítese, à concepção de "bom", que se atribui a si mesmo. O forte, por outro lado, concebe espontaneamente o princípio "bom" a partir de si mesmo e só depois cria a idéia de "ruim". Do ponto de vista do forte, "ruim" é apenas uma criação secundária, enquanto para o fraco "mau" é a criação primeira, o ato fundador da sua moral, a moral dos ressentidos. O forte só procede por afirmação e, mais, por auto-afirmação; o fraco só pode firmar-se negando o que considera ser o seu oposto."

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"O homem do ressentimento traveste sua impotência em bondade, a baixeza temerosa em humildade, a submissão aos que odeia em obediência, a covardia em paciência, o não poder vingar-se em não querer vingar-se e até perdoar, sua própria miséria em aprendizagem para a beatitude, o desejo de represália em triunfo da justiça divina sobre os ímpios. O reino de Deus aparece como produto do ódio e da vingança dos fracos. Incapaz de enfrentar o que o cerca, o homem do ressentimento inventa, para seu consolo, o outro mundo. Assim também procede o "filisteu da cultura’, que só pode afirmar-se através da negação do que considera seu oposto: a própria cultura. Ou então, o homem da ciência, que a si mesmo opõe um outro: o pesquisador, que pretende comportar-se de maneira impessoal, desinteressada e neutra diante do mundo, para chegar a abordá-lo com objetividade. E ainda o filósofo que, na elaboração de suas idéias, acredita poder desvinculá-las da própria vida, não se reconhecendo como advogado de seus preconceitos."

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Aos senhores indoutos um recado: não dá prazer o gozo da carne e o da cerveja? Ao verme o alimento que merece para continuar respirando... Às bestas, que acreditam em céu e em milagres: experimentem fica alguns dias sem comer... o gozo é animal, como é alma humana... Há quem diga que a morte é culpa de Adão, sendo o pecado herdado, então não há salvação? há sim, é aí que entra o dogma cristão.
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O que almeja o inocente: Que o acaso lhe traga um dia sem dor, a contemplação alucinada de um paraíso no meio dos homens maus. 

Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.
Friedrich Nietzsche

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